Histórico do MMNEPA


O Movimento de Mulheres do Nordeste Paraense (MMNEPA) foi criado em 1993, passando a ter formalidade jurídica em 1997.

O MMNEPA caracteriza-se por promover a articulação e participação das mulheres e suas famílias através de ações nas áreas de formação política, capacitação em questões específicas das mulheres e em geração de emprego e renda, mobilizações de massa, incentivo às mulheres na busca de espaços políticos, lutando efetivamente contra práticas discriminatórias à mulher, construindo alianças para fortalecer a luta da classe trabalhadora;

Suas estratégias de intervenção concentram–se na formação para a capacitação de lideranças feministas em questões específicas, profissionalizantes e gerais, para o fortalecimento das mulheres na política e na economia, possibilitando educação popular através de cursos, encontros, oficinas, seminários, congressos, debates, palestras, subsídios, arte popular, garantindo o debate sobre gênero, no interior dos movimentos e na sociedade;

O MMNEPA vem atuando permanentemente na região nordeste Paraense sempre na perspectiva de resgatar a cidadania da mulher, tendo como principal bandeira de luta o fortalecimento dos grupos do movimento de mulheres e pela democratização das políticas publicas. MMNEPA esta num firme caminho de consolidar uma base organizativa nos município onde atua, resgatando a auto-estima da mulher a partir do seu cotidiano e através da organização torna-la sujeito da sua própria história com um papel importante na sociedade que precisa cada vez mais ser respeitado. Um outro fator importante é que o movimento de mulheres tem se preocupado no decorrer de todos esses anos em ampliar a visão das mulheres e homens na realidade onde atua, através da implementação da dimensão de gênero nas suas ações. Nesta perspectiva, realizamos atividades de formação para ambos os sexos, que discute as relações de gêneros como base para busca de novo padrões de convivência das famílias e de toda sociedade.

O MMNEPA é um ator regional que está disseminando campanhas de preservação do meio ambiente (luta pela manutenção dos rios e igarapés, reflorestamento e implantação de apicultura em três municípios da região). Ao longo desses anos vem trabalhando com mulheres e homens em práticas agroecológicas e de biodiversidade,

APOIO A JUVENTUDE
 O MMNEPA também trabalha para promover o empoderamento de jovens agricultores e agricultoras e da periferia das cidades compreendendo a importância da sua participação para a mudança e equidade social. Por isso criamos a coordenação regional da juventude e já realizamos vários seminários da juventude na região, com as diversas temáticas como Gênero, geração de renda, agricultura familiar e políticas públicas.

LINHAS DE AÇÃO

  • Saúde, sexualidade e direitos reprodutivos;
  • Mulheres e Direitos Humanosr;
  • Organização e empoderamento das mulheres;
  • Desenvolvimento econômico popular e Solidário para as mulheres;
  • Mulher Meio Ambiente;


Do processo de intervenção
O MMNEPA busca formular propostas políticas que contribuam para superar a pobreza, as desigualdades de gênero e a violência que afeta as mulheres do campo e dos centros urbanos. Para isso, potencializa a formação de  multiplicadoras através de capacitações, assessorias e intercâmbios com o objetivo de munir com informações os grupos assistidos, incentivando a participação mais efetiva das mulheres nos espaços de decisão política e na resolução de problemas familiares. Neste processo, o MMNEPA considera as relações  de gênero dentro de uma perspectiva do fortalecimento da agroecologia, considerando a capacidade de aprender a viver melhor e em harmonia com a natureza sem agredir, respeitando o direito à vida e preservando o futuro para homens e mulheres. Entretanto, somos conscientes  que temos uma longa jornada para ser percorrida até que as mulheres tenham igualdade de direitos na sociedade.
Os processos organizativos acionados por mulheres demandam um rompimento com estruturas machistas impostas pela sociedade e estruturadas nas relações de poder desigual entre homens e mulheres no seio familiar. Essa situação dificulta a participação das mulheres nas reuniões do movimento, pois "a sociedade não aceita que as mulheres sejam donas dos seus atos e quando participam das reuniões, são cobradas pelos maridos e filhos por darem maus exemplos". Isso justifica a necessidade do movimento estender o seu trabalho para todos os membros da família, inclusive os maridos. Dessa forma, a luta não se dá apenas em garantia de melhorias de vida para as mulheres e suas famílias, mas o de reproduzir valores e sustentabilidade das relações de gênero entre seus membros.